A Finlândia defende que a juventude deve ter maior espaço de liderança, de participação e de escuta activa nos processos de paz e reconciliação. A posição foi expressa pela Embaixadora da Finlândia em Moçambique, Satu Lassila, durante a Mesa Redonda sobre “O papel dos Jovens na Promoção da Paz e Reconciliação Nacional: Experiências de Moçambique e Finlândia”, organizada pela Academia Democrática da Juventude (ADJ) do IMD.
Segundo Lassila, apesar das diferentes realidades sociais e económicas entre jovens moçambicanos e finlandeses, há um aspecto que os une: “a sensação de que ninguém os escuta verdadeiramente”. Para a diplomata, “um jovem africano não precisa apenas de apoio, precisa de espaço para liderar. Um jovem finlandês precisa não apenas de segurança, mas também de oportunidade para desafiar um sistema que exige desempenho constante e nem sempre serve as pessoas”.
A embaixadora acrescentou que a paz deve ser entendida para além do silêncio das armas, abrangendo também os direitos da juventude a “uma educação de qualidade, a um trabalho digno que permita viver e dê sentido à sua vida, bem como o direito verdadeiro a participar nas decisões”.
A mesa-redonda foi organizada pelo Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), através da Academia Democrática da Juventude, em parceria com a Embaixada da Finlândia em Moçambique e a UNICEF Finlândia. Este evento decorre igualmente no âmbito da implementação do projeto Pro-cívicos e Direitos Humanos, financiado pela Embaixada da Finlândia em Moçambique.