O director da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Samuel Quive, destacou nesta sexta-feira, 26 de setembro, a importância de debates académicos sobre governação e democracia num contexto global em rápida transformação, sublinhando que Moçambique está a fazer esforços consistentes para consolidar e aprimorar o seu sistema democrático.
Falando na sessão de abertura da conferência “Africa’s Governance and Democracy in an Uncertain World”, que decorre de 26 a 27 de setembro na UEM, Quive salientou que a democracia não é apenas uma questão administrativa, mas um exercício que deve ser cultivado diariamente por toda a sociedade.
“O debate sobre governação e democracia é uma oportunidade para Moçambique aprender com experiências internacionais e, assim, melhorar o seu próprio modelo democrático”, afirmou o académico, sublinhando que o mundo está em constante mudança e que novos actores políticos e sociais surgem continuamente, desafiando os sistemas de governação.
Quive revelou igualmente que a Universidade Eduardo Mondlane está em pleno processo de transformação para se tornar uma universidade de investigação de referência. Neste contexto, a conferência é um contributo importante para reforçar o papel da academia na reflexão sobre os desafios contemporâneos da democracia e da governação.
O responsável avançou ainda que a UEM está a preparar-se para criar uma cátedra e pretende continuar no esforço de promover o pensamento crítico e a produção científica sobre democracia, desenvolvimento e governação.
A conferência, que decorre da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), conta com a co-organização do Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), em parceria com o Good Governance Africa (GGA), o Institute for Security Studies (ISS), o European Centre for Development Policy Management (ECDPM) e o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD). A iniciativa é financiada pelo programa Erasmus+ Jean Monnet da União Europeia.
