Maputo acolhe, nos dias 26 e 27 de Setembro de 2025, a conferência internacional “Africa’s Governance and Democracy in an Uncertain World”, um encontro de dimensão intercontinental que junta académicos, decisores políticos, diplomatas e sociedade civil de África e da Europa para reflectir sobre o futuro da democracia num contexto global marcado por crises múltiplas.
O evento, realizado na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), conta com a co-organização do Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), em parceria com o Good Governance Africa (GGA), o Institute for Security Studies (ISS), o European Centre for Development Policy Management (ECDPM) e o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD). A iniciativa é financiada pelo programa Erasmus+ Jean Monnet da União Europeia, reforçando o compromisso europeu com o fortalecimento da governação democrática no continente africano.
Ao longo de dois dias, a conferência vai abordar temas que incluem a cooperação União Europeia-África, o papel da juventude e da tecnologia digital na participação política, bem como os desafios de governação em contextos de fragilidade e conflito. O encontro enquadra-se no âmbito do projecto AfriquEurope, financiado pelo programa Erasmus+ Jean Monnet, que visa criar redes académicas e de políticas públicas para aprofundar o debate sobre democracia e governação entre os dois continentes.
Entre outras actividades, o Director Executivo do IMD e Vice-Presidente da Global Partnership for Multiparty Democracy, Hermenegildo Mulhovo, vai moderar o Painel 10, sobre “Espaços em Retrocesso e Sociedade Civil”, que contará com as intervenções do Professor Adriano Nuvunga, do CDD, e do académico Sotiris Petropoulos, da Universidade do Peloponeso, na Grécia. O painel tem como objectivo analisar o impacto das restrições estatais sobre a sociedade civil em África e na Europa, num momento em que se verifica um estreitamento do espaço democrático em vários países.
As conclusões e recomendações serão apresentadas na sessão de encerramento, onde o IMD voltará a estar representado, reforçando o seu papel como ator central no debate sobre democracia e governação em Moçambique e em África.
