O Director de Programas do Instituto para Democracia Multipartidária (IMD), Dércio Alfazema, destacou que o conhecimento é uma ferramenta que vai ajudar a mulher a ter mais visibilidade.
Esta posicao foi manifestada esta terça-feira, na cidade da Beira, na sessão de abertura do Seminário Regional Centro de Formação aos membros das Assembleias Provinciais de Manica, Sofala, Tete e Zambézia, sobre participação política em Moçambique, promovida pela Academia Política da Mulher, unidade de género no IMD.
“O conhecimento mostra-se como sendo uma das armas eficazes para melhorar a visibilidade e actuação da mulher, particularmente numa altura em que Moçambique tem estado a atrair grandes investimentos na exploração de recursos naturais”, afirmou Alfazema.
Para o Director de Programas, o sector da indústria extrativa, de um modo geral, “foi sempre tido como do domínio masculino, alegadamente, por se exigir um esforço físico do qual a mulher é suposta não possuir, aliado às barreiras sócio-culturais e a uma legislação que pouco estimula a participação da mulher neste sector”.
“Para reverter este cenário, os membros das Assembleias Provinciais podem desempenhar um papel importante no sentido de proteger os direitos das raparigas e das mulheres no contexto de exploração dos recursos naturais em geral e na indústria extractiva em particular”, disse Alfazema.
Este é o segundo seminário realizado. O primeiro teve lugar na semana transata em Nampula e abrangeu as provinciais da região norte do país. Na próxima semana vai decorrer em Gaza, abrangendo as províncias da região sul do país. Este ciclo de formações conta com o financiamento dos Governos da Finlândia e do Reino dos Países Baixos, tendo como parceiros de implementação o Netherlands Institute for Multiparty Democracy (NIMD) e a DemoFinland.
