O Secretário-Geral substituto da Assembleia da República (AR), Mauro Mangera, recomendou aos funcionários parlamentares a produzirem pesquisas para orientarem o processo de tomada de decisão baseada em evidências científicas ao nível do Parlamento.
Falando esta quinta-feira, dia 05 de Setembro, na sede do Parlamento, em Maputo, durante a cerimónia de entrega de certificados a um grupo dos funcionários parlamentares, Mangera afirmou que a capacitação do capital humano é hoje reconhecida como condição primordial para o sucesso de qualquer empreitada, independentemente da área de actividade e o Parlamento moçambicano não é excepção.
Em reconhecimento deste facto, explicou o dirigente Parlamentar, que a Assembleia da República criou o seu Centro de Estudos e Formação Parlamentar (CEFP), expressamente vocacionado para serviços de pesquisa e formação. Segundo ele, CEFP foi estabelecido com o propósito de dotar a instituição parlamentar de recursos humanos devidamente qualificados e treinados para as funções que lhes são atribuídas, de modo a que ela possa desenvolver um trabalho eficiente e eficaz.
“Neste âmbito, a capacitação do grupo de funcionários que compõem esta unidade funcional do Secretariado-Geral da Assembleia da República constituiu mais um passo na senda da contínua prossecução dos objectivos que nortearam a criação do Centro, sendo nossa expectativa que, a partir da acção de formação realizada, o desenvolvimento da pesquisa científica na Assembleia da República seja impulsionado, apresentando produtos que contribuam, efectivamente, para a melhoria do desempenho dos deputados e funcionários parlamentares. É nosso entendimento que as unidades modulares que foram ministradas certamente permitirão consolidar conhecimentos e vão abrir novos horizontes, no campo da pesquisa parlamentar”, disse Mangera.
Na ocasião, o secretario geral substituto apelou aos formadores CEFP para que façam uso das ferramentas que lhes foram dadas para que “o nosso centro seja uma referência no campo da pesquisa e o produto do seu trabalho seja, efectivamente, usado no âmbito das actividades da Assembleia da República, especialmente tendo em conta as atribuições do Secretariado-Geral, entanto que órgão permanente de coordenação, execução e apoio técnico-administrativo”.
Intervindo na cerimónia, o Coordenador de Programas no IMD, Osman Cossing, explicou que o IMD abraçou esta formação com o objectivo de agregar mais valores para os funcionários parlamentares no que concerne a formação, produção de conhecimento e preparação de formações, bem como na pesquisa e produção de documentos úteis para o parlamento moçambicano.
Por isso, recomendou aos recém formados para que sejam mais efectivos em prol da melhoria da qualidade do Parlamento e que “comecem a desenvolver conhecimento por via de pesquisas, policy briefs e outros documentos analíticos que apoiem os deputados a decidir com base em evidências”.
Na ocasião, Cossing manifestou a disponibilidade do IMD em apoiar iniciativas de pesquisa, policy briefs ou outras formas de produção de conhecimento de interesse parlamentar.
Por sua vez, o Director da Faculdade de Educação da UEM, Xavier Muianga, afirmou que o sector que dirige disponibiliza módulos de pesquisa, assessoria, transferências de conhecimento e consultorias para a produção de evidências úteis para a tomada de decisões nas diferentes esferas, sendo a UEM um parceiro e interlocutor relevante quando o assunto é de interesse da Educação e Formação.
A certificação foi feita pela Faculdade de Educação, da Universidade de Educação, na sequência da formação sobre “métodos e técnicas psicopedagógicas para pesquisa e produção científica para formação e treinamento de deputados e funcionários parlamentares”, organizada organizada pelo Secretariado-Geral da Assembleia da República, através do respectivo Centro de Estudos e Formação Parlamentar. O evento conta com o apoio do IMD, no âmbito da implementação do projecto “Consolidando o papel dos funcionários parlamentares na assessoria aos deputados na fiscalização do sector da indústria extractiva em Moçambique", financiado pelo Ministério Finlandês dos Negócios Estrangeiros, através da Demo Finland.