DSC02639O Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD) instou à juventude moçambicana a tomar a dianteira no processo eleitoral em curso mediante a participação activa, consciente e informada para garantir que os líderes a serem eleitos representem, verdadeiramente, os interesses e aspirações da juventude e de toda a sociedade moçambicana e se inclua mais jovem nas instituições de governação.

Esta posição foi manifestada esta quinta-feira (23), pelo Director Executivo do IMD, Hermenegildo Mulhovo, durante o encontro nacional de reflexão sobre o papel jovens na promoção da qualidade e integridade dos processos eleitorais, organizado pelo IMD, através da Academia Democrática da Juventude (ADJ) em parceria com o Parlamento Juvenil e a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Na ocasião, Mulhovo sublinhou que a participação activa e comprometida da juventude em todas as fases do processo eleitoral é essencial para a construção de uma democracia robusta, inclusiva e representativa.

“O engajamento e sentido de compromisso com a integridade, são determinantes para que as próximas eleições de 9 de Outubro sejam vistas por todos como representativas, justas, transparentes e credíveis”, disse Mulhovo, para quem além de eleitores, muitos jovens estão envolvidos nas estruturas operacionais dos órgãos de gestão eleitoral e desempenham papéis vitais na organização e execução das eleições, desde a inscrição de eleitores até a contagem de votos, dai a sua dedicação e integridade sejam fundamentais para que o processo eleitoral seja conduzido de modo transparente e justo.

O Director Executivo do IMD apelou a vigilância e compromisso com a honestidade, valor que contribui para a prevenir fraudes e irregularidades que possam comprometer a legitimidade das eleições.

Dado ao seu maior envolvimento nos partidos políticos, sobretudo nas campanhas eleitorais, nas missões de observação eleitoral, Mulhovo entende que os jovens devem continuar a lutar por maior representatividade e participação nas decisões partidárias, assegurando que as políticas e plataformas reflitam as necessidades e desejos das gerações mais jovens.

DSC02685Por seu turno, o Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Dom Carlos Matsinhe, encorajou as organizações juvenis, para continuarem a exercer o seu papel natural de promover a cidadania e o desenvolvimento das iniciativas dos jovens, inclusão social e da defesa dos direitos humanos, “através da sua imaginação, criatividade e sua energia que, são elementos vitais para a transformação e desenvolvimento contínuo da nossa sociedade”.

“Encorajamos, igualmente, a participação dos jovens na construção do carácter dos cidadãos, promovendo acções que concorrem para o bem-estar e o progresso da colectividade”, disse Matsinhe.

Para ao Presidente da CNE, qualquer manifestação de uma juventude comprometida com grandes ideias deve ser construtiva e edificadora e não o contrário. “Não basta ser jovem, é preciso também ser defensores de valores morais”.

Matsinhe sublinha que os valores morais, quando assumidos pela juventude, contribuem para a construção de uma sociedade saudável, feliz e promissora. Para este gestor eleitoral, “é nos valores morais que encontramos visão, coragem e força para desenvolver e cultivar ideias e estratégias valiosas para a construção de uma nação inclusiva e robusta, que tenha planos focados na estabilidade, igualdade, paz e progresso que beneficiam as gerações de hoje e do amanhã”.

DSC02648O Conselheiro Político e Económico na Embaixada dos Estados Unidos, Eric Anderson, disse, por seu turno, que o seu país está a investir nas eleições em Moçambique porque “sabemos que Moçambique é estável e economicamente vibrante e será um impulso para a região e para o mundo. Contudo há que saber que apostar em eleições limpas, livres, justas e imparciais é importante para impulsionar o desenvolvimento democrático e inclusivo”.

Anderson explicou aos jovens participantes do encontro nacional que a democracia não acontece apenas no dia de eleições, ela pode demandar a participação activa de muitos na tomada de decisões ao longo do ano sobre diversos aspectos e isso é particularmente importante para os jovens que lidam directamente com questões de desemprego, desafios de educação e impactos de mudança climáticas.

“Enquanto líderes juvenis o vosso impacto nestas questões importantes pode fazer diferença para a vossa geração e para todo o país e, através da participação cívica, os jovens de Moçambique têm uma oportunidade de construir uma sociedade mais inclusiva, equitativa e próspera”.

DSC02674No encontro de um dia, que debateu sobre o papel dos jovens na promoção de qualidade e integridade dos processos eleitorais: oportunidades e acções práticas para 2024, ficou assente a necessidade de voto consciente da juventude, mediante a análise minuciosa dos manifestos eleitorais que trazem mudanças reais para a sociedade, bem como o cultivo da confiança, integridade eleitoral e o fortalecimento de conhecimentos sobre o funcionamento dos processos eleitorais e democráticos no país.

Os participantes entendem ainda que há necessidade se pensar a possibilidade de reedição da educação política nas escolas para que os jovens conheçam ainda na tenra idade os contornos da política para que não participem apenas nestes processos como meros eleitores ou actores de campanhas eleitorais.

Participaram do encontro mais de 150 jovens provenientes de todo o país, representando organizações juvenis dos partidos políticos nacionais, parlamentares e não parlamentares, associações juvenis, órgãos de gestão eleitoral, estudantes de diferentes instituições de ensino superior e jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social.

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