IMG 4058- Ângelo José Naiene, Director Provincial dos Combatentes em Gaza
O Director Provincial dos Combatentes, Ângelo José Naiene destacou na abertura da Conferência Regional Sul sobre “Paz, Reconciliação e Coesão Social”, na cidade de Xai-Xai, a necessidade de todas as forças da sociedade se envolverem na preservação da Paz e reconciliação nacional.

Segundo o governante, que falava em representação do Secretário do Estado da Província de Gaza, não se pode deixar a responsabilidade de preservar a Paz apenas nos políticos.

“A consolidação da Paz e reconciliação nacional constitui um dever, não somente do Governo, mas de cada um dos membros da sociedade, das formações políticas, das confissões religiosas, académicos, organizações da sociedade civil, incluindo o sector privado. Somos todos chamados a contribuir com as nossas acções, com as nossas palavras e actitudes, na promoção da Paz e da reconciliação em todas as esferas da vida em que nos encontramos, com enfoque para a família, pois, é nela que se nutrem os valores mais profundos que formam a nossa personalidade”.

Ângelo Naiene referiu que as acções do Governo para se promover a Paz se estabelecem nos princípios do Programa de Acção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Cultura da Paz, de onde se destaca a promoção da educação, do desenvolvimento económico e social, do respeito pelos direitos humanos, a igualdade entre mulheres e homens, participação democrática, compreensão, tolerância e solidariedade, acesso à informação bem como a segurança.

“São esses os esforços que temos vindo a empreender, com vista a edificação de uma sociedade de Paz e que encontram a sua expressão máxima nas acções de Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, o Presidente da República, que em todo o seu mandato prioriza a Paz, o diálogo, a reconciliação e a participação de todos na tomada de decisões estruturantes e nas acções de desenvolvimento sustentável”, disse.

IMG 4080Por sua vez, o Director de Programas do IMD, Dércio Alfazema destacou a necessidade dos partidos políticos e todos envolvidos no processo eleitoral a fazerem deste momento uma oportunidade para a consolidação da democracia e da manutenção da Paz.

“Estamos no processo eleitoral e este deve ser um período de festa, de diálogo e de exaltação da nossa democracia. Os partidos políticos devem pautar por respeito e tolerância. Apesar das diferenças entre os partidos políticos, todos devemos preservar e cuidar da Paz. A violência eleitoral contraria todos os esforços de preservação da Paz”.

Segundo Alfazema, da auscultação que o IMD tem estado a fazer no país, âmbito da iniciativa “PROPAZ – Cultura de Promoção de Paz, Reconciliação e Coesão Social”, está evidente que a qualidade dos processos eleitorais tem sido uma grande ameaça para a Paz e estabilidade em Moçambique.

“Existem factores de vulnerabilidade que de forma recorrente ameaçam a nossa Paz. Precisamos mapear estes elementos e definir caminhos para a sua mitigação a médio e longo prazo. Precisamos também de definir uma agenda de reconciliação e que promova a coesão social tendo em conta a dimensão política, económica e social. Precisamos identificar e eliminar os factores que tornam a nossa Paz vulnerável”.

O encontro contou com a participação de representantes da sociedade civil, religiosos, políticos, académicos e líderes locais das províncias de Gaza, Inhambane e Maputo.

IMG 4085Neste sentido, o padre da Igreja Católica, destacou que o processo eleitoral deve ser um momento de convívio entre os moçambicanos e todos devem saber o seu papel para construir a Paz.

“O processo eleitoral, para qualquer Estado que seja, é um momento de festa. É um momento em que todos devem ir com a liberdade no coração e preparados para irem festejar. Portanto, se nós capitalizarmos estas reflexões, que são uma preparação espiritual para todos nós, para sabermos o que fazer para construir a Paz, estaremos num bom caminho. Mas se não capitalizarmos isso, estaremos perdidos, aliás terá também sido um tempo perdido que nós estamos a passar aqui na zona Sul”, disse, tendo reforçado a necessidade de se avançar com a elaboração de uma agenda para a Paz em Moçambique

Este foi o terceiro encontro a nível regional. Neste momento decorrem consultas provinciais e a elaboração de um estudo de base. O processo vai culminar com a realização de uma conferência nacional que vai ter lugar no próximo ano onde será apresentada uma proposta de caminhos a seguir para uma Paz efectiva e sustentável. A iniciativa PROPAZ está a ser financiada pela União Europeia. 

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