partidos desafios 2020Intervindo no encontro de Balanco do Ano Político em 2020 e Perspectivas para 2021, representantes da Frelimo, Renamo, MDM e do Partido Ecologista reconheceram que o ano 2020 foi caracterizado por enormes desafios como são os casos da pandemia de Covid-19, as calamidades naturais, os ataques terroristas em Cabo delgado e a guerra no Centro do país e defenderam a união de esforços para fazer face a estes males.

O porta-voz da Frelimo, Caifadine Manasse, disse que 2020 foi um ano de governação marcada por muitos desafios, mas que o governo conseguiu, transformar esses desafios em trabalho e criar formas de acertar o passo.

“Nós como Frelimo fazemos um balanço positivo, uma vez que os moçambicanos fizeram tudo que está ao seu alcance para manter o país em pé e na rota do desenvolvimento. As instituições públicas continuaram a trabalhar e a pagar salários”, disse Manasse, que considera a paz como um factor fundamental para a consolidação do Estado de Direito Democráticos em que os moçambicanos devem assumir o leme para enfrentar os desafios.

Segundo Manasse, a Frelimo perspectiva para o ano 2021, continuar a trabalhar para que o partido continue a responder os desafios do povo, a merecer respeito pelos que gerem o Estado, a aprimorar a sua linha de orientação e consolidação da unidade nacional e Estado de Direito Democrático e que a liberdade de imprensa seja olhada como uma conquista dos moçambicanos.

caifadine“Continuaremos a trabalhar para que as nossas bases políticas continuem a difundir a mensagem sobre a prevenção da coronavírus. Trabalharemos para que a agenda de desenvolvimento e patriotismo sejam fundamentais para os moçambicanos”, disse Manasse ajuntando que outra perspectiva é de “continuarmos a trabalhar para aumentar a produção e a produtividade na área da agricultura”.

Sobre o terrorismo em Cabo Delgado, Manasse disse que “nós olhamos que as forças de defesa e segurança estão a fazer um trabalho activo no sentido de eliminar este foco que pode perigar aquilo que é o desenvolvimento da província e sentimos avanços positivos, sentimos que se todos os moçambicanos estiverem unidos este mal vai ficar ultrapassado".

Por sua vez, o representante do partido Renamo, Venâncio Mondlane, condenou aquilo que apelidou de subalternização da Assembleia República quanto à questão do terrorismo em Cabo Delgado e defende que isso deve ser corrigido este ano.

“E preciso que além da questão militar se veja questões de ordem estruturalmente económica que devem se tomar em conta. Ter-se em conta também questões dos direitos humanos na Província de Cabo delgado”, disse salientando que o Parlamento deve assumir-se como o mais alto Órgãos Legislativo, porque de toda produção legislativa de 2020, apenas 3 por cento foi da iniciativa legislativa do parlamento, o que mostra uma grande fragilidade e constitui desafio para os deputados no ano em curso.

Outra inquietação do deputado tem a ver com os órgãos de governação descentralizada, que segundo ele, persiste a sobreposição de funções.

Mondlane, falou ainda da proposta da Lei da Comunicação Social e Lei da Radiofusão. "Em relação a lei de comunicação social realmente e um escândalo a começar pela própria definição do âmbito da lei, mas também todas as normas. Ou seja, as propostas de normas que visam na verdade coartar e asfixiar a liberdade de imprensa, o direito a informação e também a liberdade de expressão. A lei é feita sempre no sentido abstracto e sempre no sentido mais abrangente, mais universal e para o futuro. Mais as clausulas nesta lei são feitas para atingir certas pessoas, como esta questão do director do jornal e do editor tem que ser residentes. Agente sabe a quem se quer atingir", referiu o politico que é deputado da Assembleia da República.

augusto pelembePor sua vez, em Representação do MDM, Augusto Pelembe, disse que “o país não esta bom. O campo político contínuo perigoso. O exercício das liberdades de imprensa e de expressão continuam limitados pelos milicianos digitais e os esquadrões da morte, que atacam os que pensam de forma critica”.

Para este cenário que o considera perigoso, Pelembe propõe que este ano a consciência política e o exercício da cidadania seja aberto.

“Que a indignação colectiva pela má governação continue. Que as redes sociais continuem a ser esses espaços onde a exposição do debate livre continue sem censura e sem limitação”, disse o representante do MDM acrescentando que é seu desejo que este ano, o partido no poder entenda que o Moçambique de ontem, não é o mesmo de hoje, pois actualmente há mais gente que despertou interesse sobre a forma como o país tem andado.

massangoPor sua vez, e em representação dos partidos extraparlamentares, João Massango, disse que no ano político 2020, a pandemia da Covid-19 mudou a vida, a forma de ser e estar, do ponto de vista político, económico e social.

“Foi um ano caracterizado pelo ciclo de intervalo político face a progressão da pandemia da Covid-19 em Moçambique, na região e no mundo em geral”, disse Massango para quem foi devido a avalanche da Covid-19 que os partidos políticos de forma geral não realizaram suas actividades com vista a sua preparação para os pleitos eleitorais de 2023/24, descrevendo politicamente 2020 como ano zero devido as limitações impostas pela pandemia.

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